O Festival de Tanabata, a ser comemorado em
2017, nos dias 15 e 16 de julho, tem origem numa lenda japonesa
Orihime era a filha de um
poderoso deus do reino celestial. Certo dia, estando diante de seu tear, viu
passar um rapaz conduzindo um boi, e por ele se apaixonou. O pai consentiu o
casamento dos dois jovens. Porém, casados e totalmente dominados pela paixão,
ambos se descuidaram de seus afazeres normais. Foi então que, o pai indignado,
ordenou que eles vivessem separados, um de cada lado da Via Láctea. Ele
permitiria que, entretanto, o casal se reencontrasse apenas uma vez por ano, no
sétimo dia do sétimo mês, se cumprisse à ordem do pai, que era atender os
pedidos vindos da Terra. Segundo a mitologia japonesa, Orihime é representada
pela estrela Vega, e o rapaz, a estrela Altair, do lado oposto da galáxia, que
realmente só se encontram uma vez por ano.
O festival teve início há mais de 1.150 anos, na Corte Imperial, e
a data tornou-se feriado nacional no Japão, em 1603. No Brasil, o Festival das
Estrelas / Tanabata Matsuri é realizado desde 1979 pela ACAL – Associação
Cultural e Assistencial da Liberdade e pela Associação da Província de Miyagi,
na praça da Liberdade, em São Paulo, sempre no mês de julho.
No Tanabata, as ruas do bairro e a praça da Liberdade são
decoradas com grandes ramos de bambu, que recebem a ornamentação de enfeites
coloridos de papel que simbolizam as estrelas. Nesses bambus são pendurados os
tanzaku, pequenos pedaços também coloridos de papel onde as pessoas colocam
seus pedidos. Ao final das comemorações, tais tiras
de papel são queimadas junto com bambus, acreditando que essa fumaça levaria os
desejos até as estrelas.
Shows de cantores, taikô, dança folclórica e variedades fazem
parte das atrações do Tanabata Matsuri, que é a principal atividade anual do
bairro.