sexta-feira, 28 de julho de 2017

Camisinha feminina

Conhecer mais para se cuidar melhor

A camisinha feminina foi lançada no Brasil em dezembro de 1997 e quase vinte anos depois, grande parte das mulheres não teve sequer a curiosidade de saber como ela funciona. Os motivos vão desde o fato de achar que essa responsabilidade é do homem, passando pela vergonha de adquiri-la no ponto de venda, até o preço, que costuma ser mais alto em comparação com a camisinha masculina. O Ministério da Saúde ratifica o exposto, indicando que cerca de 90% das mulheres sexualmente ativas no Brasil conhecem ou já ouviram falar da camisinha feminina, mas reconhecem ainda a existência de muitas dúvidas sobre seu uso.
Há quem diga que ela seja desconfortável, de manuseio difícil e nada atraente do ponto de vista estético e a falta de divulgação de suas vantagens por parte dos órgãos públicos e dos próprios fabricantes favorece a baixa aceitação do público. Pouco usada e cercada de tabus, a camisinha feminina é um método contraceptivo e de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis - como HPV, sífilis ou HIV - tão eficaz quanto a versão masculina, segundo a ginecologista Daniela Gouveia, do Femme Laboratório da Mulher 

A camisinha feminina tem cerca de 15 centímetros de comprimento e é formada por 2 anéis de diferentes tamanhos que são unidos formando uma espécie de tubo. O lado do anel mais estreito da camisinha, é a porção que fica dentro da vagina, e é fechado impedindo a entrada do espermatozóides no útero e o contato da mulher com as secreções masculinas. Ela é feita de borracha nitrílica ou poliuretano, material mais resistente que o látex do preservativo masculino, o que a torna menos propensa a se romper ou rasgar.
Embora comercializadas em farmácias, sexshops ou supermercados também, são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e podem ser encontrada nos postos de saúde.
Em comparação com a camisinha masculina é mais resistente, menos espessa, inodora, hipoalergênica, pode ser utilizada durante a menstruação e elimina o argumento de que colocar a camisinha “corta o clima”, já que pode ser introduzida até oito horas antes da relação sexual.

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