Conhecer mais para se
cuidar melhor
A
camisinha feminina foi lançada no Brasil em dezembro de 1997 e quase vinte anos
depois, grande parte das mulheres não teve sequer a curiosidade de saber como
ela funciona. Os motivos vão desde o fato de achar que essa responsabilidade é
do homem, passando pela vergonha de adquiri-la no ponto de venda, até o preço,
que costuma ser mais alto em comparação com a camisinha masculina. O Ministério
da Saúde ratifica o exposto, indicando que cerca de 90% das mulheres
sexualmente ativas no Brasil conhecem ou já ouviram falar da camisinha feminina, mas
reconhecem ainda a existência de muitas dúvidas sobre seu uso.
Há quem diga que ela seja
desconfortável, de manuseio difícil e nada atraente do ponto de vista estético
e a falta de divulgação de suas vantagens por parte dos órgãos públicos e dos
próprios fabricantes favorece a baixa aceitação do público. Pouco usada e cercada
de tabus, a camisinha feminina é um método contraceptivo e de prevenção a
doenças sexualmente transmissíveis - como HPV, sífilis ou HIV - tão eficaz quanto a versão masculina, segundo a ginecologista Daniela
Gouveia, do Femme Laboratório da Mulher
A
camisinha feminina tem cerca de 15 centímetros de comprimento e
é formada por 2 anéis de diferentes tamanhos que são unidos
formando uma espécie de tubo. O lado do anel mais estreito da
camisinha, é a porção que fica dentro da vagina, e
é fechado impedindo a entrada do espermatozóides no útero e o
contato da mulher com as secreções masculinas. Ela é feita de borracha nitrílica ou poliuretano,
material mais resistente que o látex do preservativo masculino, o que a torna
menos propensa a se romper ou rasgar.
Embora
comercializadas em farmácias, sexshops ou supermercados também, são distribuídas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e podem ser encontrada nos postos de saúde.
Em comparação com a camisinha
masculina é mais resistente, menos espessa, inodora, hipoalergênica, pode ser
utilizada durante a menstruação e elimina o argumento de que colocar a
camisinha “corta o clima”, já que pode ser introduzida até oito horas antes da
relação sexual.
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